As próteses fixas totais surgiram com a importante função de revolucionar a reabilitação oral de pacientes. Neste meio, o protocolo sobre implante tem representado um grande papel, tanto para pacientes quanto para profissionais. Isso porque, além de proporcionarem mais conforto em questão estética, essas peças também fazem a diferença quando o assunto é funcionalidade.
Existem diversas técnicas utilizadas para a confecção de um protocolo sobre implante, a depender de cada profissional. Nesta matéria, mostraremos a técnica de inclusão de protocolo utilizada pelo técnico em prótese dentária, Luiz Kiyan, especialista com mais de 50 anos de experiência na área.
O método foi apresentado pelo próprio na aula transmitida ao vivo na sede da APDESPBR. Além de explicar os passos que utiliza em seu laboratório de prótese dentária, Luiz Kiyan ainda comentou um fato importante: ele foi o primeiro a confeccionar um protocolo sobre implante na cidade de São Paulo.
“Eu tive o privilégio de fazer o primeiro protocolo aqui em São Paulo. Mas uma coisa muito importante de lembrar é que por mais que a gente saiba, estamos sempre aprendendo. Isso não acaba nunca.” (Luiz Kiyan)
A técnica consagrada de inclusão de protocolo sobre implante
Preparo para inclusão
O preparo para a inclusão inicia-se após o enceramento. Neste primeiro momento, o objetivo é preparar a peça para que ela tenha estabilidade na hora de prensar. Para fazer isso, Luiz Kiyan utiliza um parafuso na parte lingual e um outro componente colado na base, conforme podemos observar na imagem abaixo:

Esse procedimento é fundamental para evitar que a peça se movimente e sofra falhas no momento da prensagem na mufla. Portanto, é um ponto que precisa de atenção em qualquer confecção de protocolos sobre implantes.
Iniciando a inclusão de protocolo sobre implante
Existem variadas técnicas para efetuar a inclusão de protocolos. Na aula, Luiz Kiyan apresenta o método que utiliza em seu laboratório e mostra que essa pode ser uma forma facilitada de realizar o procedimento. O TPD explica que, para incluir a peça, ele realiza um pré-preenchimento. Primeiro, observa onde os análogos ficarão e então faz uma concavidade para posicioná-los. Veja a imagem:

A área mostrada na primeira foto precisa ser coberta com o isolante antes de ser feita a inclusão da peça. Depois, com a peça posicionada (como mostra a segunda foto), o TPD precisa preencher a área dos análogos para completar o espaço restante. De acordo com Luiz, esse método facilita no momento de fazer a demuflagem.
Com a área já isolada e os espaços entre os análogos preenchidos com o gesso, o TPD contorna a peça com pedaços de cera. A boneca, então, é feita dentro dessa “barreira”. Esse processo, além de evitar que o excesso de resina após a prensagem chegue à borda da mufla, também influencia na qualidade do resultado. Veja abaixo como Luiz realiza essa etapa:

Após esse processo, é preciso isolar a boneca. Então, o último passo antes de fechar a mufla é preencher com gesso o espaço restante. Acompanhe o procedimento com as imagens abaixo:

“Quando você utiliza essa técnica, a mufla se subdivide em quatro partes e facilita muito a demuflagem. Tranquilo, sem estresse!” (Luiz Kiyan)
O resultado da técnica facilitadora de inclusão de protocolo sobre implante
A barreira feita com a cera fica aliviada dos dois lados, fazendo com que a pressão da resina seja focada apenas na parte interna. De acordo com Luiz, este é um passo simples que pode fazer uma grande diferença no momento de demuflar, influenciando diretamente na produtividade do trabalho do TPD. Veja abaixo o resultado:

Após retirar a peça e limpar, Luiz passa o opaco. Neste ponto, os orifícios abertos que restam precisam ser fechados antes da prensagem da resina. O TPD faz este processo utilizando silicone, conforme podemos observar nas imagens abaixo:

A partir deste ponto, cada profissional pode seguir sua própria forma de fazer a prensagem da resina, o importante é que os orifícios estejam cobertos. Depois deste processo, chegamos ao momento da demuflagem, como veremos no próximo tópico.
Abertura da mufla: uma demuflagem mais simples
Todos os procedimentos acima são responsáveis pela facilidade no momento de abrir a mufla. Luiz explica que, com essa técnica, é possível soltar todo o gesso e liberar a boneca com a ajuda de um alicate facilmente. O resultado é este:

Na imagem, é possível observar que a resina ficou nos limites da cera que foi aplicada anteriormente, não ultrapassou até a borda da mufla. De acordo com Luiz, muitos técnicos em prótese dentária não realizam esse contorno prévio com a cera, mas depois de abrir a mufla fazem o formato com uma broca no gesso. Então, essa é uma opção para quem busca otimizar o trabalho e ter uma maior produtividade.
“Eu acho que vocês devem experimentar essa técnica de inclusão de protocolo, é uma forma mais simples e prática de trabalhar” (Luiz Kiyan)
Portanto, o último passo é retirar o silicone dos orifícios, fazer a limpeza de toda a peça, e encaixar os análogos devidamente. Luiz utiliza um escariador para limpar os espaços e garantir que não reste nenhum resíduo.

Veja mais!
Durante a aula ao vivo transmitida pela APDESPBR, Luiz Kiyan apresentou todo o processo de como realiza protocolos sobre implantes em seu laboratório, com métodos que adquiriu em mais de 50 anos de experiência na área. Para ter acesso à aula completa, consulte os nossos planos de associação, caso ainda não faça parte. Além desta incrível experiência com Kiyan, você também poderá acessar outras aulas de profissionais renomados.
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